quarta-feira, 9 de março de 2011

Alunos com Currículo Especifico Individual (CEI) no Ensino Secundário...Sim ou Não?

Poderão os nossos alunos com CEI frequentar o ensino Secundário?
E agora com a escolaridade obrigatória até aos 18 anos, que rumo dar a estas crianças?
Estas perguntas tem sido frequentes no decorrer deste ano lectivo em todas as escolas, colocadas a professores de Educação Especial (a mim, por exemplo) que encolhem os ombros e não encontram uma explicação "escrita" para estas questões... pego nas palavras do Incluso pois não existe um esclarecimento sustentado para este assunto que possamos dar aos nossos colegas e até pais...

Então, segundo esta linha de pensamento (que penso ser coerente), os alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente (NEE) que beneficiam da medida educativa de currículo específico individual, após a frequência do ensino básico, vêem-se impossibilitados de prosseguir estudos, isto é, de frequentar um processo de formação que exija como ponto de partida a conclusão do ensino básico. No entanto, podem, e devem, continuar a frequentar o sistema educativo.

O nosso sistema educativo proporciona formação profissional e/ou certificada a alunos NEE??? Não!
Que respostas podemos então oferecer a estes alunos??

Penso que uma das soluções passa por, no âmbito do plano individual de transição (PIT), integrar estes alunos em turmas de cursos profissionais, e de preferência adaptáveis ao seu perfil de funcionalidade, frequentando de preferência as disciplinas práticas, mesmo que, para tal, se proceda a algumas adaptações curriculares. Desta forma, preparar os alunos com competências profissionais que deverão ser discriminadas no certificado final de frequência da escolaridade secundária. A restante carga lectiva, tal como no ensino básico, deve servir para desenvolver outras áreas básicas e funcionais, através de apoio pedagógico especializado, como a Linguagem e Comunicação, a Matemática para a Vida, a Autonomia Pessoal e Social, de acordo com o perfil do aluno.
Assim sendo, temos um aluno NEE integrado num curso profissional e dotado de uma mais-valia para o seu FUTURO.
Agradeço que, caso não concordem ou tenham outra visão diferente festa que também é a minha, comentem.
A partilha enriquece-nos! 

2 comentários:

  1. Concordo plenamente!
    Já tinha questionado a responsável de EE do meu agrupamento e não obtive uma explicação coerente.

    Obrigada e Parabéns pelo blog!

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  2. Post esclarecedor e que, pese embora não tenha suporte legislativo, contribui para a compreensão desta transição e, inclusivamente, desdramatização da mesma.

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